O mundo celebra este 10 de dezembro o Dia dos Direitos Humanos sob o lema “Recuperar-se melhor - Defender os direitos humanos”. Em momento de pandemia, os apelos focam na necessidade de esforços de reconstrução observando os princípios fundamentais.
Foi nesta data que a Assembleia Geral adotou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Direitos
Disponível em mais de 500 idiomas, o documento mais traduzido do mundo proclama os direitos inalienáveis que transcendem raça, cor, religião, sexo, idioma, convicção, origem nacional ou social, propriedade, nascimento ou outro estatuto.
Na data, o secretário-geral publicou uma mensagem enfatizando que as pessoas e os seus direitos devem estar diante e no centro da resposta e da recuperação.
Cobertura
Em vídeo, o chefe da ONU realçou a necessidade de estruturas universais baseadas em direitos, como cobertura de saúde para todos, para vencer a pandemia e para proteção no futuro.
Guterres destacou que duas verdades fundamentais vieram à tona com a crise: primeiro, que a violação dos direitos humanos é prejudicial para todos; segundo, estes princípios são universais e protegem a todos.
Minorias
O líder da ONU mencionou o impacto desproporcional da Covid-19 em grupos vulneráveis, incluindo trabalhadores que estão na linha de frente, pessoas com deficiência, idosos, mulheres, meninas e minorias.
Por outro lado, fatores como pobreza, desigualdade, discriminação, destruição do meio ambiente e outras falhas nos direitos humanos “criaram enormes fragilidades” sociais.
O secretário-geral disse que a Covid-19 “pode comprometer os direitos humanos, dando um pretexto para respostas de segurança severas e medidas repressivas que restringem o espaço cívico e a liberdade de imprensa”.
Pós-pandemia
Antes, a alta comissária para os direitos humanos, Michelle Bachelet, pediu que o mundo aja para uma reconstrução mais sustentável e justa após a pandemia. Ela destacou que a crise deixou o mundo exposto, vulnerável e enfraquecido.
Bachelet realçou ainda que, mesmo com o mundo arrasado, a pandemia ofereceu percepções claras sobre como transformar o desastre em uma oportunidade de redefinir prioridades e melhorar as perspectivas de um futuro melhor.
As Nações Unidas realçam ainda a pandemia como oportunidade para reafirmar a importância dos direitos humanos na reconstrução do mundo que se pretende, da solidariedade global, bem como da interconexão e humanidade compartilhada.
Apoio
O apelo à ação dos Direitos Humanos das Nações Unidas defende o envolvimento do público, parceiros e família da ONU no apoio a “ações transformadoras”.
A organização incentiva ainda a partilha de exemplos “práticos e inspiradores” que possam contribuir para uma melhor recuperação e promoção de sociedades resilientes e justas.
Fonte: ONU News.
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