quinta-feira, 27 de julho de 2017

Historiador tenta reconstruir biblioteca da Universidade de Mossul após saída do Estado Islâmico




Um historiador iraquiano está tentando reconectar a cidade de Mossul com o resto do mundo com o resgate de livros e a reconstrução de uma biblioteca. Depois de dois anos e meio sob o domínio do Estado Islâmico (EI) e nove meses de batalha intensa entre os terroristas e o exército do Iraque, a cidade iraquiana ficou destruída e mais de 900 mil habitantes fugiram de suas casas.
Com a vitória do governo iraquiano, decretada em 9 de julho, os sobreviventes agora começam a reconstruir uma cidade devastada. E a Biblioteca Central da Universidade de Mossul virou um dos símbolos do desafio. "Eu vou trabalhar neste projeto até que eu sinta que a biblioteca voltou a ser um lugar onde pesquisadores de todo o mundo vão querer visitar", disse, em entrevista por telefone ao G1, o historiador, que só aceita se identificar pelo codinome de 'Mosul Eye' ('Olho de Mossul').
'Mosul Eye' não revela sua identidade, sua idade e conta apenas que estudou na universidade que agora quer ajudar a reerguer. Para preservar sua segurança, ele não aceita revelar o país onde vive, e afirma que nem os próprios voluntários locais (entre 20 e 40 pessoas com quem se comunica virtualmente) conhecem sua verdadeira identidade.
Ele conta que há cerca de um ano fugiu do Iraque por causa das constantes ameaças de morte – seu blog anônimo foi o primeiro a surgir após a invasão do EI, e virou uma fonte de informação da resistência aos terroristas para internautas e jornalistas de todas as partes do mundo.
Além de coordenar um grupo que já resgatou mais de 2 mil livros dos destroços, o voluntário anunciou ainda um pedido de doações de livros do mundo todo, e busca uma impressora para digitalizar as obras da biblioteca para que elas sejam preservadas para sempre.

'Ministério da educação islâmica'
Ao G1, 'Mosul Eye' recontou o que foi feito da biblioteca durante a ocupação do Estado Islâmico. Localizado no vasto campus da universidade, no lado leste da cidade, o outrora imponente edifício da biblioteca era um dos locais militarmente estratégicos para o grupo terrorista, e virou a sede de um novo 'ministério da educação', que tentou suplantar o sistema educacional por uma doutrinação baseada no ensino religioso.
Neste quartel-general, livros didáticos de todos os níveis de ensino foram reescritos, conta ele. O grupo terrorista também tentou reabrir a universidade, mas impondo seu próprio sistema educacional.

"A universidade foi fechada em junho de 2014 pelo Estado Islâmico quando ele ocupou a cidade. Mas eles tentaram reabrir a universidade, obrigando os funcionários e professores a fazerem uma reunião com o ministro de educação islâmica", afirmou o historiador.

A iniciativa, porém, fracassou. "Eles pararam o 'ministério da educação' no começo de 2015, porque não conseguiram fazer nada. As pessoas se recusaram a ir para a universidade. A universidade em si foi reaberta fora de Mossul, então os estudantes não precisavam seguir o Estado Islâmico ou ir para a universidade islâmica."

Resgate arriscado
O edifício da biblioteca ficou nas mãos do EI entre junho de 2014 e janeiro de 2017, quando o grupo se retirou do local após ataques da ofensiva do exército iraquiano. O Iraque só anunciou a retomada total da cidade em 9 de julho, mas há meses o grupo de voluntários, que atendeu ao chamado do historiador pela internet, passou a se dedicar à recuperação da biblioteca.
Até agora, o homem por trás do codinome 'Mosul Eye' estima que cerca de 2 mil livros foram resgatados, entre eles obras raras. Nem todos, porém, estão em boas condições, e nem sempre as buscas pelo edifício vazio e cinza estão livres de perigo, já que ainda há bombas dentro do prédio.

"O próximo passo é digitalizar esses livros. Mas acho que a biblioteca central deveria ter feito isso há quatro anos, porque todo mundo esperava que esse tipo de coisa poderia acontecer. Eles deveriam ter pensado mais no futuro." Essa iniciativa, porém, exige uma impressora específica, que os voluntários ainda não conseguiram.

Um 'olho' do mundo em Mossul
Ele documenta, pelas redes sociais, o andamento do projeto, com fotos e vídeos. 'Mosul Eye' também promove uma série de eventos culturais para tentar incentivar a produção de arte na cidade – educação e cultura estão entre as muitas restrições impostas pelo Estado Islâmico à população local. Homens vestindo jeans, mulheres com roupas coloridas e o som de instrumentos musicais mostrados no vídeo acima eram impensáveis há um ano, diz ele.
O próprio fato de um civil registrar imagens em fotos e vídeos, como fizeram Ali Al-Baroodi e Saad Hadi, voluntários que documentam o resgate da biblioteca em imagens como as desta reportagem, seria uma morte certa. "Se alguém quisesse se matar, era só levar uma câmera para a rua", diz o historiador.
Enquanto esperam a reconstrução dos sistemas de esgoto, água e eletricidade, e a reforma dos prédios, que devem custar mais de US$ 1 bilhão, segundo a ONU, a população volta a viver livre. Nesta quinta-feira (27), um grupo de estudantes de belas artes realizará uma noite de gala em Mossul, para apresentar obras que têm sido produzidas em cima dos próprios escombros da cidade, em outra das ações divulgadas por 'Mosul Eye'.
Sua iniciativa de servir como a "janela" de Mossul para o mundo fez com que o jovem angariasse mais de 270 mil seguidores no Facebook e 23 mil no Twitter. Com publicações em árabe e em inglês, ele busca ajuda para seu projeto desde janeiro.
"A gente não podia, nos últimos anos, reconectar Mossul com o resto do mundo porque tínhamos problemas: segurança ruim, corrupção na educação, eles estavam matando pessoas, nós não podíamos fazer nada. Eu pensei que esse era o momento de fazer algo", lembra.

Apoio do Ocidente
Ele afirma que chegou a receber uma única doação de seis mil livros vindas dos Estados Unidos, neste mês, e cita países da Europa e a Austrália como principais apoiadores da iniciativa. De pessoas árabes ele afirma ter recebido alguns e-mails. "Da Rússia, nenhum", ressalta. Em seu site oficial, a biblioteca, que passou a publicar notícias depois de vários anos de ocupação, relatou em junho uma doação de 1.500 obras, feita pela Biblioteca de Alexandria, no Egito.


Ao G1, 'Mosul Eye' relatou que três pessoas do Brasil, entre eles uma moradora de São Paulo e um do Paraná, já enviaram mensagens mostrando interesse no projeto. "Eu gostaria de saber mais não só sobre os brasileiros, mas sobre a América Latina", disse ele. "Queremos ler, precisamos ler mais sobre culturas diferentes."
O historiador, que há anos vive virtualmente sob o codinome e não revelou sua identidade nem para a própria família, explica que tem mais poder de ajudar a resgatar e preservar a história de sua cidade por trás da ideia 'Mosul Eye' do que como um único indivíduo. Um dos legados que ele pretende deixar com o projeto é mudar a visão que o mundo tem de Mossul:
"O que eu quero mesmo é que, quando alguém buscar por Mossul, que eles não encontrem coisas relacionadas ao Estado Islâmico, e sim a biblioteca de Mossul. É esse o meu sonho. E eu sou tão forte quanto os meus sonhos."

COMO AJUDAR
As doações estão sendo enviadas a um endereço em Erbil, uma cidade do Curdistão iraquiano. Para obter mais informações, é preciso enviar um e-mail em inglês para mosul.eye@gmail.com. 


Fonte: g1.com 

quinta-feira, 20 de julho de 2017

2º Quiz Cultural da Biblioteca IFF Macaé

Olá galera! Em agosto será realizada a 2ª edição do Quiz Cultural com direito a prêmio simbólico para equipe vencedora. Corra, apenas 6 equipes serão escolhidas para participar do jogo. Se interessou? Inscrições e Regras abaixo:

Inscrições até dia 15/08/2017 no link : Inscrições Aqui



























2º Quiz Cultural da Biblioteca IFF campus Macaé - Dia 23/08/2017 as 14:00h no Auditório do Campus



Quiz - jogo ou competição em que se fazem perguntas para testar conhecimento geral de um indivíduo ou um grupo sobre determinado assunto.

A Biblioteca do IFF campus Macaé divulga as regras para o 2º Quiz Cultural e convida toda a comunidade a participar desse momento de aprendizado e diversão.

1 REGRAS

Os participantes deverão inscrever suas equipes, de no máximo 5 alunos do ensino médio, sendo que 1 componente deverá ser escolhido para ser o líder da equipe.
Cada equipe deverá escolher um nome e uma música que a represente. A música será tocada na entrada e apresentação de cada equipe e ao final para a equipe vencedora.
Serão escolhidas 6 equipes para participar do 2º Quiz Cultural através de um sorteio que será realizado no dia 16 de agosto de 2017 as 10:00h na Biblioteca do IFF Campus Macaé.
O Quiz Cultural será composto por 3 etapas e, caso necessário, 1 etapa de desempate, conforme descrito a seguir. As perguntas serão sempre lidas pelo mediador da atividade.
  • Não será permitido o uso de nenhum material de consulta ou dispositivo eletrônico;
  • Não será permitida alteração da equipe durante a atividade;
  • Não será permitida saída e retorno de nenhum membro da equipe durante a atividade;
As equipes receberão fichas para controle da pontuação, conforme Apêndice A e Apêndice B.

1.1 ETAPA 1 (FÁCIL) – 15 PERGUNTAS – 10 PONTOS CADA ACERTO

Nesta etapa as equipes receberão fichas onde as respostas serão anotadas e mostradas ao sinal do mediador da atividade.
O tempo para resposta será de 30 segundos, que será contado ao sinal do mediador.
Cada pergunta terá 4 opções de respostas (A,B,C e D) e apenas uma resposta correta.

1.2 ETAPA 2 (MODERADA) – 15 PERGUNTAS – 20 PONTOS CADA ACERTO

As equipes receberão fichas onde as respostas serão anotadas e mostradas ao sinal do mediador da atividade.
O tempo para resposta será de 30 segundos, que será contado ao sinal do mediador.
Cada pergunta terá 4 opções de respostas (A,B,C e D) e apenas uma resposta certa.

1.3 ETAPA 3 (DIFÍCIL) – 10 PERGUNTAS – 50 PONTOS CADA ACERTO
Na terceira fase as perguntas não terão opção de respostas. As equipes deverão escrever as respostas nas fichas que receberão.
O tempo para resposta será de 30 segundos, que será contado ao sinal do mediador.

1.4 ETAPA DE DESEMPATE - 10 PERGUNTAS – 10 PONTOS CADA ACERTO

Em caso de empate, haverá uma rodada extra, onde as equipes concorrentes receberão fichas onde as respostas serão anotadas e mostradas ao sinal do mediador da atividade. A princípio serão 10 perguntas, porém caso ainda haja empate ao final das 10 perguntas, o jogo continua até haver uma equipe campeã.
O tempo para resposta será de 30 segundos, que será contado ao sinal do mediador.
Cada pergunta terá 4 opções de respostas (A,B,C e D) e apenas uma resposta certa. A equipe que acertar o maior número de respostas será a vencedora.

2 RESULTADO E PREMIAÇÃO

A equipe vencedora será a que tiver acumulado o maior número de pontos.
A equipe receberá um prêmio simbólico e terá sua foto afixada no Mural da Biblioteca do IFF campus Macaé, além de publicada nas redes sociais.


terça-feira, 18 de julho de 2017

2º Quiz Cultural da Biblioteca IFF Campus Macaé

2º Quiz Cultural da Biblioteca IFF Campus Macaé. Estão preparados? Inscrições em breve. Você não pode ficar fora dessa!