terça-feira, 29 de dezembro de 2020

# BiB Macaé Recomenda 📝Assista a programação do Theatro Municipal On-line

Acesse o site do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e confira o projeto de "portas abertas on-line"!

Clique nos links: 

http://theatromunicipal.rj.gov.br/   

http://theatromunicipal.rj.gov.br/programacao-virtual/

Programação Virtual

Durante a pandemia, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro se reinventou para continuar levando ao público o melhor da música de concerto, da ópera e do ballet.

Uma intensa programação virtual está sendo realizada nas plataformas virtuais do Theatro e você não pode ficar de fora. Clique nos links abaixo e acesse as redes oficiais do #TMRJ.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

28/12 # Invenção do cinematógrafo

cinematógrafo é considerado geralmente como um aperfeiçoamento feito pelos irmãos Lumière do cinetoscópio de Thomas Edison. Terá, no entanto, sido inventado pelo francês Léon Bouly em 1893. Bouly teria perdido a patente por não conseguir meios de pagá-la, tendo sido a criação de novo registrada pelos Lumière a 13 de Fevereiro de 1895.

Fonte: Wikipédia.












Em 28 de dezembro de 1895 foi apresentado ao público o primeiro cinematógrafo — uma máquina que captava, revelava e projetava filmes. Considerado o marco zero do cinema, o equipamento criado pelos franceses Louis e Auguste Lumière, os irmãos Lumière, causou uma revolução na sétima arte.

A dupla cresceu imersa no universo da imagem: seu pai, Antoine Lumière, era um pintor de retratos e fotógrafo que tinha um pequeno negócio de chapas fotográficas. Em 1881, aos 17 anos, Louis começou a se especializar nessa tecnologia, impulsionando as vendas.

Treze anos depois, Antoine conheceu o cinetoscópio de Thomas Edison, que projetava filmes apenas para uma pessoa por vez através de um olho mágico. Curioso, o fotógrafo imaginou como seria ampliar essa visão para uma sala inteira e incentivou seus filhos a criarem a invenção.

Com sucesso, um ano depois a patente foi feita. O cinematógrafo era leve, portátil e funcionava de forma simples: um filme perfurado de 35mm de largura passava pelo obturador por meio de uma manivela, que devia completar duas voltas a cada segundo, garantindo o ritmo.

A primeira exibição aconteceu no Grand Café, em Paris. Dentre os 10 filmes exibidos na noite de estreia, o primeiro trazia alguns segundos de trabalhadores da fábrica da família Lumière. O resultado foi tão realista que, em 1896, o público saiu correndo quando viu a cena de um trem se aproximando.

Nesse mesmo ano, mais de 40 filmes foram rodados, além do primeiro noticiário e os primeiros documentários. Em 1905, os irmãos Lumière se retiraram do mercado para desenvolver o primeiro processo fotográfico a cores — deixando um legado que nos acompanha até hoje.

Fonte: Revista Galileu.



sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

# BiB Macaé Recomenda 📝Descubra os Acervos Online dos Museus IBRAM

Google Arts & Culture

Google Arts & Culture é um projeto sem fins lucrativos desenvolvido pelo Instituto Cultural do Google. O projeto, que utiliza a tecnologia street view capturada em alta definição (ArtCamera), tem como objetivo divulgar os acervos culturais, obras de arte e documentos históricos que estão fisicamente em museus e instituições a fim de tornar as obras de arte acessíveis às pessoas do mundo inteiro.

Em parceria com a empresa Google, os Museus Ibram que se encontram no projeto são: Museu Histórico Nacional (MHN)Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)Museu Lasar Segall (MLS)Museu Imperial (MI)Museus Castro Maya e Museu Villa-Lobos.

Acervos Ibram – Tainacan

Projeto Tainacan é fruto de uma iniciativa de políticas públicas para a difusão de acervos digitais. Um de seus produtos, a Plataforma de Catalogação e Difusão de Acervo Museológico, está sendo implementado pelo Ibram, em seus museus, em parceria com a Universidade Federal de Goiás. Essa Plataforma consiste no desenvolvimento de uma solução em WordPress, customizada para atender às necessidades de inventário e catalogação dos acervos museológicos, bem como a difusão dessas coleções na internet.

No âmbito dessa iniciativa, foram disponibilizadas online as coleções museológicas do Museu Histórico NacionalMuseu da InconfidênciaMuseu Villa-LobosMuseu de Arqueologia de ItaipuMuseu do DiamanteMuseu do OuroMuseu Regional Casa dos OttoniMuseu Victor MeirellesMuseu das MissõesMuseu Casa de Benjamin ConstantMuseu das BandeirasMuseu Casa da PrincesaMuseu Regional de São João del-ReiMuseu de Arte Sacra da Boa MorteMuseu Casa da Hera e Museu Casa Histórica de Alcântara. Em continuidade, estão em processo de migração e padronização de dados os seguintes museus: Museu da República, Museu Lasar Segall, Museu da Abolição, Museu Casa da Princesa, Museu de Caeté, Museu Solar Monjardim. Ainda em 2020, serão inseridos os demais Museus Ibram.

Paralelamente, iniciou-se o desenvolvimento de uma ferramenta para a busca integrada das coleções da rede Acervos Ibram – Tainacan e de uma plataforma de catalogação e difusão de acervos museológicos para os museus brasileiros, com previsão de disponibilização em 2021.

Série Conhecendo Museus

A obra audiovisual Conhecendo Museus apresenta, com detalhes, os principais museus do Brasil. O propósito é divulgar bens e valores culturais da humanidade a fim de democratizar o conhecimento gerado por essas instituições. Os museus, espalhados por todo o país, são retratados na sua integridade, com exposição detalhada dos acervos e histórias por trás das peças.

A série, que até o presente momento resultou em 4 temporadas e divulgou 150 museus brasileiros, é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), da TV Escola – Ministério da Educação (MEC), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da Fundação José de Paiva Netto (FJPN).  

Fonte: https://www.museus.gov.br/acervos-online/


# BiB Macaé Recomenda 📝Clique e conheça os museus administrados pelo IBRAM

O Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), é responsável pela administração direta desses museus. Clique e conheça!

Museu da Abolição – Recife (PE)

Criado em 1957, o Museu da Abolição – Centro de Referência da Cultura Afro-Brasileira está localizado no sobrado que foi sede do Engenho Madalena e residência do conselheiro abolicionista João Alfredo. O museu foi oficialmente inaugurado em 1983, com a exposição “O Processo Abolicionista Através dos Textos Oficiais”. Fechado em 1990, foi reaberto em 1996, no Dia do Patrimônio Cultural. O acervo dispõe de peças do cotidiano de senhores e escravos. Desde objetos ligados ao sincretismo religioso até aqueles utilizados no tráfico negreiro.

Museu de Arqueologia / Socioambiental de Itaipu – Niterói (RJ)

O museu está sediado nos remanescentes do Recolhimento de Santa Teresa, instituição fundada no começo do século XVIII. O acervo do museu é composto por artefatos produzidos pelos povos que viveram no litoral fluminense antes de 1500. São artefatos líticos e ósseos, concreções, matéria corante, ocre, restos ósseos humanos e remanescentes de fauna (aves, peixes e mamíferos), além de blocos testemunhos do Sambaqui de Camboinhas.

Museu de Arte Religiosa e Tradicional – Cabo Frio (RJ)

O Antigo Convento de Nossa Senhora dos Anjos sedia o museu, que oferece uma exposição permanente de arte sacra dos séculos XVII e XVIII e peças de mobiliário. O prédio, datado de 1686, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Museu de Arte Sacra da Boa Morte – Goiás (GO)

Sediado na Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte (1762-1779), o museu pertence à Diocese de Goiás e é mantido e administrado pelo Ibram. O acervo é constituído de mais de 900 peças, entre objetos litúrgicos, prataria e obras do escultor e pintor goiano José Joaquim da Veiga Valle (século XIX).

Museu de Arte Sacra de Paraty – Paraty (RJ)

O museu, instalado na Igreja de Santa Rita, tem como objetivos a pesquisa, o estudo e a divulgação do seu acervo, testemunho histórico guardado por sucessivas gerações de paratyenses. As peças são provenientes das irmandades religiosas e de três igrejas de Paraty: Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Dores, além dos Passos da Paixão e capelas da zona rural.

Museu das Bandeiras – Goiás (GO)

O Museu das Bandeiras ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia da Província de Goyaz, prédio cuja construção foi finalizada em 1766, seguindo projeto da Coroa Portuguesa. Criado em 1949, o museu teve como núcleo inicial do acervo o arquivo documental da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional (Fazenda Pública). Esse conjunto de documentos representa uma das fontes de informação mais importantes sobre a administração pública da região Centro-Oeste durante o período colonial, imperial e republicano. Atualmente, o acervo é composto por 573 peças, incluindo objetos de arte sacra, mobiliário, vestuário, armamentos e utensílios domésticos.

Museu Casa de Benjamin Constant – Rio de Janeiro (RJ)

O museu foi a residência de Benjamin Constant, figura de destaque na fundação da República brasileira. Adquirido pelo patrimônio público em 1891, logo após o falecimento de Benjamin Constant, o museu está localizado em uma área verde de 10,5 mil metros quadrados no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Possui uma exposição permanente de objetos, obras de arte e mobiliário que recriam o modo de vida do final do Século XIX e início do Século XX, época em que viveu Benjamin Constant.

Museu Casa da Hera – Vassouras (RJ)

A Casa da Hera foi erguida na primeira metade do século XIX, onde residiu a família de Joaquim José Teixeira Leite, grande advogado e comissário de café. Em 1952, a construção foi tombada como patrimônio nacional. Além de mobiliário, quadros e objetos de uso doméstico originais, o acervo inclui uma vasta biblioteca e uma importante coleção de trajes de origem francesa. A biblioteca possui 890 livros e três mil periódicos do século XIX. Há, ainda, um piano Henri Herz, raro exemplar do século XIX.

Museu Casa Histórica de Alcântara – Alcântara (MA)

O Museu Casa Histórica de Alcântara teve sua abertura ao público datada em novembro de 2004. Apesar de sua recente criação, o museu tem por missão remontar aos tempos do Brasil Imperial através de sua arquitetura colonial e de seu acervo, expondo a opulência dos hábitos e costumes do século XIX da aristocracia rural da cidade de Alcântara, Maranhão. As 958 peças e obras do Museu pertenceram a famílias que residiram na casa. Mobiliário, indumentárias, acessórios, louças, iconografias, cerâmicas e azulejos do acervo têm o objetivo de retratar a história doméstica do Brasil Monárquico para os alunos da educação básica, a comunidade em geral e os visitantes externos.

Museu Casa da Princesa (Casa Setecentista) – Pilar de Goiás (GO)

O Museu Casa da Princesa funciona na Casa Setecentista, antiga moradia senhorial do século XVIII localizada no centro histórico da cidade de Pilar de Goiás. O acervo de cerca de mil peças é formado por documentos históricos, fotografias e objetos (especialmente mobiliário e utensílios domésticos utilizados nos casarões de fazendas) que mostram formas do viver goiano dos séculos XVIII ao XX.

Museus Castro Maya: Chácara do Céu e Museu do Açude – Rio de Janeiro (RJ)

O Museu Chácara do Céu, em Santa Teresa, e o Museu do Açude, na Floresta da Tijuca, são o legado do empresário e colecionador Raymundo Ottoni de Castro Maya, que, em 1962, criou uma fundação para preservar e dinamizar seu patrimônio artístico, doando suas coleções e suas duas residências, transformadas em museus. O acervo inclui pinturas, gravuras, desenhos, peças de mobiliário luso-brasileiro, prataria, cristais, tapetes, coleção de arte oriental e objetos de arte popular.

Museu da Chácara do Céu – Rio de Janeiro (RJ)

Diretora: Vera Maria Abreu de Alencar
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 93 – Santa Teresa – Rio de Janeiro – RJ
Tel: (21) 3970-1127 ou 3970-1093
Site: http://www.museuscastromaya.com.br/chacara.htm
Email: mcc@museus.gov.br
Horários: Diariamente, exceto às terças-feiras, das 12h às 17h. Entrada franca às quartas. Fecha no Carnaval, Natal e Ano Novo.

Museu do Açude – Rio de Janeiro (RJ)

Diretora: Vera Maria Abreu de Alencar
Endereço: Estrada do Açude, 764 – Alto da Boa Vista – Rio de Janeiro – RJ
Tel: (21)3433-4990
Site: http://www.museuscastromaya.com.br/acude.htm
Email: mdac@museus.gov.br
Horários: Diariamente, exceto às terças-feiras, das 11h às 17h. Entrada franca às quintas. Fecha no Carnaval, Natal e Ano Novo.

Museu do Diamante – Diamantina (MG)

Instalado em um modelo de referência da arquitetura civil do século XVIII, o Museu do Diamante funciona na casa onde viveu o inconfidente padre Rolim. Em 1950, o imóvel foi tombado e tornou-se museu. O Museu do Diamante classifica e conserva elementos característicos de jazidas, formações e espécies de diamantes brasileiros, abordando também seu desenvolvimento e a influência na economia do país. O diversificado acervo conta com pinturas, esculturas, desenhos, cédulas, moedas, estampas, instrumentos musicais, indumentária, mobiliário, utensílios domésticos e de iluminação.

Museu Forte Defensor Perpétuo – Paraty (RJ)

O Forte foi construído no Morro da Vila Velha ou Ponta da Defesa em 1793. Com o declínio econômico de Paraty, ficou em ruínas até 1822, quando foi reconstruído e recebeu o nome atual em homenagem a Dom Pedro I, Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil. Atualmente, o casario apresenta seu interior autêntico, preservando três áreas distintas: a Casa do Comandante, o Quartel da Tropa e o Quartel dos Inferiores.

Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro (RJ)

É um dos maiores museus do país e ocupa um conjunto arquitetônico de grande relevância histórica para a cidade do Rio de Janeiro. O acervo, de mais de 270 mil itens, é composto por pinturas, esculturas, armaria, viaturas, porcelanas, prataria e a maior coleção de moedas antigas da América Latina, além de uma biblioteca especializada em história do Brasil e um arquivo histórico, com documentos manuscritos e iconográficos.

Museu Imperial – Petrópolis (RJ)

O Palácio Imperial de Petrópolis, hoje Museu Imperial, foi a residência de verão de D. Pedro II. O acervo, que tem como foco o Segundo Reinado, abrange móveis, adornos, objetos do cotidiano, esculturas, joias, prataria e outros itens. Coroas, cetro, os trajes majestáticos e a pena de ouro com a qual a princesa Isabel assinou a Lei Áurea fazem parte do acervo, assim como pinturas e uma biblioteca com 55 mil títulos de história do Brasil, uma coleção de obras raras com aproximadamente 8 mil itens, documentos e fotografias. O museu oferece aos visitantes uma série de eventos, como um espetáculo de som e luz que relata momentos importantes do Segundo Reinado.

Museu da Inconfidência – Ouro Preto (MG)

Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Ouro Preto, o museu foi inaugurado em 1944 para preservar, pesquisar e divulgar objetos e documentos relacionados à Inconfidência Mineira. O acervo de 4 mil itens reúne peças históricas e artísticas que formam um conjunto articulado de testemunhos culturais do período, refletindo a relação de Vila Rica com a conspiração. O Panteão dos Inconfidentes guarda lápides com os restos mortais de 16 inconfidentes, incluindo o poeta Tomás Antônio Gonzaga.

Museu Lasar Segall – São Paulo (SP)

Sediado na residência e ateliê que pertenceu a Lasar Segall, o museu expõe obras do artista plástico e atua também como centro de atividades culturais, com visitas monitoradas, cursos nas áreas de literatura, gravura e fotografia, exposições e projeção de filmes. Abriga, ainda, uma ampla biblioteca especializada na arte dos espetáculos e fotografia.

Museu das Missões – São Miguel das Missões (RS)

Projetado no ano de 1938 pelo arquiteto Lucio Costa, o Museu das Missões está situado junto aos remanescentes do Sítio Histórico São Miguel Arcanjo, reconhecidos como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O museu reúne a maior coleção pública de imagens missioneiras em madeira policromada dos séculos XVII e XVIII do Mercosul, expondo uma rica coleção da arte colonial elaborada pelos índios Guarani nas reduções jesuíticas.

Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro (RJ)

O acervo do primeiro museu de artes do país conta atualmente com mais de 60 mil peças, entre obras de pintura, escultura, desenho e gravura brasileira e estrangeira, além de reunir um segmento significativo de arte decorativa, mobiliário, gliptíca, medalhística, arte popular, documentos e um conjunto de peças de arte africana. O museu possui a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século XIX.

Museu do Ouro – Casa de Borba Gato – Sabará (MG)

Instalado na antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro da Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, o Museu do Ouro foi criado em 1945 e oficialmente inaugurado no dia 16 de maio de 1946. A instituição ocupa uma área total de 1.456 m², sendo 714 m² de área edificada. O acervo totaliza 749 objetos, constituídos: mobiliário, armaria, porcelanas, imaginária religiosa e objetos ligados a prática da mineração (séculos XVIII e XIX). O Museu do Ouro possui ainda um arquivo histórico e uma biblioteca, localizados na Casa de Borba Gato, edificação do século XVIII. A Biblioteca possui 4.972 títulos registrados, entre os quais se encontram obras referentes à formação do Estado de Minas Gerais e do Brasil, arquitetura, história da arte, incluindo valiosa coleção de obras raras com edições que datam do século XVIII.

Museu Regional de Caeté – Caeté (MG)

Instalado em uma casa construída em fins do século XVIII, o museu guarda um acervo composto por mobiliário e objetos de época, além de peças de arte popular e de arte sacra de cunho popular. O museu também atua na preservação da riqueza cultural, dos saberes e fazeres do povo de Caeté e seus distritos, promovendo cursos e oficinas sobre técnicas artesanais tradicionais na região.

Museu Regional Casa dos Ottoni – Serro (MG)

O Museu Regional Casa dos Ottoni ocupa uma construção do século XVIII, na cidade do Serro. Sua origem histórica está ligada aos Ottoni, descendentes de um ramo da família do bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme. Criado em 1949, o museu abriga acervo formado, principalmente, por imagens de arte católica (como as imagens de roca que saíam na Procissão de Cinzas e as que pertenceram à demolida igreja de Nossa Senhora da Purificação).

Museu Regional de São João del-Rei (MG)

O Museu Regional de São João Del Rei é a antiga casa do Comendador João Antonio da Silva Mourão, homem de prestígio na época do Segundo Império. O prédio, um dos mais sofisticados do período, está voltado para a principal entrada da cidade,  foi tombado em 1946 e aberto à visitação, já como museu, em 1963. Seu acervo foi constituído, em sua maior parte, de peças de mobiliário, objetos de arte sacra e imaginária oitocentista procedentes de várias cidades de Minas.

Museu da República – Rio de Janeiro (RJ) e Palácio Rio Negro – Petrópolis (RJ)

Museu da República

Conhecido como Palácio do Catete, o edifício que abriga o Museu da República foi construído em meados do século XIX pelo Barão de Nova Friburgo. Mais tarde, foi adquirido pelo governo federal para sediar a Presidência da República. Em 1960, logo após a transferência da capital para Brasília – e quando já haviam passado por lá 18 presidentes -, tornou-se sede do museu. A instituição oferece ao visitante um panorama da história republicana. Fotos, documentos, objetos, mobiliário e obras de arte dos séculos XIX e XX integram o acervo, exposto nos salões do Palácio. Um grande parque, parquinho infantil, cinema, cineclube, livraria, cafeteria e bistrô integram a estrutura. O museu contitui-se também como um espaço para reflexão crítica sobre a história e a cultura do país e busca cumprir sua função social de instituição ligada à educação.

Palácio Rio Negro

Localizado na cidade de Petrópolis, foi residência oficial de verão de Presidentes da República como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart, entre outros. Atualmente é administrado pelo Museu da República.

Museu Solar Monjardim – Vitória (ES)

O Museu Solar Monjardim está Instalado em um belo casarão colonial que teve sua construção iniciada na década de 1780. Antiga sede da Fazenda Jucutuquara, o local abrigou ao longo de quase dois séculos importantes personagens da história regional e nacional. Hoje, explorando um acervo histórico bastante eclético, o Museu Solar Monjardim revela aos seus visitantes aspectos da vida cotidiana no século XIX, através dos objetos, práticas sociais e manifestações artísticas da época.

Museu Victor Meirelles – Florianópolis (SC)

A casa natal do pintor Victor Meirelles – um típico sobrado luso-brasileiro construído entre o final do século XVIII e o início do XIX – sedia o museu que leva o nome do pintor. O imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional preserva a memória do catarinense, um dos mais importantes artistas brasileiros do século XIX.

Museu Villa-Lobos – Rio de Janeiro (RJ)

Instalado em um casarão tombado do século XIX, o Museu Villa-Lobos reúne objetos e documentos referentes à vida e à obra do compositor e maestro Heitor Villa-Lobos. O acervo tem mais de 53 mil itens, entre partituras (manuscritas e impressas), correspondências, recortes de jornais, discos, filmes, livros, condecorações, instrumentos musicais e objetos de uso pessoal.

Fonte: https://www.museus.gov.br/museus-ibram/



# BiB Macaé Recomenda 📝Conheça a Plataforma Museusbr.

A fonte mais atualizada para conhecer os museus brasileiros é a plataforma Museusbr. Criado pela Portaria nº 6, de 9 de janeiro de 2017, Museusbr é o sistema nacional de identificação de museus e plataforma para mapeamento colaborativo, gestão e compartilhamento de informações sobre os museus brasileiros.

Acesse Museusbr. Aventure-se! Participe! Conheça os museus do Brasil!

Fonte: http://museus.cultura.gov.br/







18/12 # Dia Nacional do Museólogo

Comemorado conforme Decreto de 31 de maio de 2004, pelo qual também se criou a Semana dos Museus no Brasil.




quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

# BiB Macaé Recomenda 📝Sempre Um Papo Em Casa recebe Pepetela 17/12 às 18h

Afonso Borges recebe ao escritor angolano Pepetela para encerramento das atividades do projeto Sempre Um Papo em 2020. No encontro, uma conversa sobre o premiado romance “Sua Excelência, de corpo presente” (Editora Kapulana). Essa será mais uma edição virtual do “Sempre um Papo” com transmissão ao vivo no Youtube, Instagram e Facebook do Projeto. O encontro vai acontecer no dia 17 de dezembro, quinta-feira, às 18h.

O evento integra as atividades do #SempreUmPapoEmCasa, sequência de eventos patrocinados pela Cemig, Itaú e Mater Dei, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo.

No romance “Sua Excelência, de corpo presente”, o protagonista, narrador da história, é um ditador africano morto, deitado em seu caixão. Durante seu próprio velório, ele vê, ouve e observa os que estão ali para se despedir dele. Passa, então a recordar as histórias vividas com os presentes – familiares, amigos, auxiliares, membros de governos dentre outros. Com suas memórias, a personagem revela a estrutura do poder político, o nepotismo, os abusos, as estratégias e ações de um regime ditatorial. Mesmo morto, o ditador não deixa de tentar controlar a sua sucessão através do seu espião-de-um-olho-só, que lhe é tão fiel na morte como era em vida. A obra surpreende por sua atualidade e universalidade. Pepetela demonstra, como sempre, estar atento às situações de injustiça, opressão e abuso de poder que poderiam ter ocorrido em qualquer região do mundo em qualquer época. Por meio da ficção, com uma linguagem literária mordaz e, muitas vezes, irônica, Pepetela conduz o leitor ao submundo do poder opressivo. O livro foi o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas 2020 e finalista do Prêmio Oceanos 2019. É o terceiro livro de Pepetela que a editora Kapulana publica no Brasil. Em 2019 publicou O cão e os caluandas e O quase fim do mundo.

Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, PEPETELA, nasceu em Benguela, Angola, em 1941, onde fez o Ensino Secundário. Em 1958 foi estudar em Portugal e por razões políticas, em 1962 partiu para a França. Trabalhou na representação do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e no Centro de Estudos Angolanos, que ajudou a criar. Participou como guerrilheiro na luta de libertação de Angola e, depois da independência do país, foi vice-ministro e professor universitário em Angola. Publicou muitos livros, sendo o primeiro As aventuras de Ngunga, de 1973. Recebeu muitos prêmios por suas obras e por sua atuação na cultura e na política. O livro Sua Excelência, de corpo presente foi vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa do Correntes d’Escritas 2020, e finalista do Prêmio Oceanos 2019.

Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=yL7n4CUhIWQ



 

# BiB Macaé Comemora: aniversariante do dia 🎂🎈🎉


terça-feira, 15 de dezembro de 2020

15/12# Dia Nacional da Economia Solidária

Comemorado em 15 de dezembro, incentiva a defesa do trabalho associativo e voluntário. “São grupos de geração de renda que se baseiam nos princípios de autogestão, democracia e cooperativismo”, diz a vice-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Denise Kassama.

Nesta entrevista no Revista Brasilela avalia que os impactos da pandemia foram mais fortes na agricultura familiar, que enfrentou dificuldades para comercializar seus produtos pela internet, por exemplo, por serem gêneros alimentícios perecíveis.

A vice-presidente do Cofecon registra que houve uma recuperação das atividades neste último trimestre, com o retorno gradual da economia e das feiras. "É importante comprar dessas pessoas, porque você está ajudando um coletivo. Não está aumentando o lucro de alguém.”

Leia um pouco mais acessando a Revista Brasil da Empresa Brasil de Comunicação: 

https://radios.ebc.com.br/revista-brasil/2020/12/economia-solidaria-sofre-impacto-na-pandemia



sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

# BiB Macaé Recomenda 📝Conheça as músicas de Noel Rosa no site Domínio Público🎵🎼🎵

Conheça um pouco da obra musical de Noel Rosa acessando o site Domínio Público. Baixe as músicas em formato PDF clicando no link:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do 


  

11/12 # Nascimento do sambista, cantor e compositor Noel Rosa

Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1910 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1937). Compositor, violonista, intérprete. Filho de Manuel de Medeiros Rosa e Marta de Azevedo, nasce em 11 de dezembro de 1910. O parto difícil exige o uso de fórceps, fato que lhe provoca problemas permanentes no maxilar. Cresce em Vila Isabel, bairro carioca de classe média. É alfabetizado pela mãe, professora, com quem também aprende a tocar bandolim e, com o pai, violão. Ingressa na escola regular e se forma em 1928. Em 1931 entra na faculdade de medicina, mas abandona o curso no ano seguinte, pois é incompatível com a carreira artística em evolução.

 Reprodução fotográfica Correio da Manhã/Acervo Arquivo Nacional

A vida artística começa no conjunto amador Flor do Tempo, que se transforma em Bando dos Tangarás (1929), formado, entre outros, por João de Barro e Almirante, seu primeiro biógrafo. Para o conjunto, compõe e grava. Ao mesmo tempo começa a frequentar com assiduidade a boêmia de Vila Isabel e da Lapa. Em 1930 inicia a carreira individual com a gravação e o sucesso de Com que Roupa?. No ano seguinte começa a compor de maneira sistemática e em quantidade, como as canções Cordiais Saudações, Quem Dá Mais? e Gago Apaixonado, sendo que algumas delas acabam utilizadas no teatro musicado.

O relativo sucesso individual e com o conjunto colaboram para a assinatura de contratos com algumas emissoras de rádio. Em 1932 é contratado pela Rádio Philips como contrarregra no programa do Casé, apresentando-se também como cantor. A partir desse momento seu universo profissional e artístico se expande, revelando-se nas várias parcerias (Lamartine Babo, Ismael Silva, Orestes Barbosa, Francisco Alves) e nas excursões por São Paulo e sul do Brasil. Nesse contexto conhece Vadico, com quem estabelece marcante parceria, iniciada com Feitio de Oração (1933) seguida por Pra que Mentir (1934), Feitiço da Vila (1934) e Conversa de Botequim (1935). O ano de 1933 dá início a um período criativo e produtivo, com dezenas de canções gravadas por ele e outros intérpretes, tais como Positivismo (com Orestes Barbosa), O Orvalho Vem Caindo, Três Apitos, Não Tem Tradução, Filosofia (com André Filho), entre outras. É nesse ano também que ocorre a conhecida polêmica com o compositor Wilson Batista que redunda em canções como Rapaz Folgado (1933), Feitiço da Vila, Palpite Infeliz (1935).

Uma fase repleta de problemas se inicia em 1934. Apesar da reconhecida paixão por Ceci, nesse ano casa-se com Lindaura, grávida, que perde a criança. Mesmo apresentando sintomas de tuberculose e casado, continua no mesmo ritmo de boêmia e de trabalho, gravando e compondo bastante para o rádio e teatro musicado. No ano seguinte é obrigado a viajar para Belo Horizonte com o objetivo de curar a doença. Enfraquecido, em 1936, faz poucas músicas, entre elas Você Vai se Quiser Xis do Problema. Mesmo com o agravamento da doença, em 1937 ele compõe Pra que Mentir e O Último Desejo. No início desse ano viaja novamente em tratamento para as cidades fluminenses de Nova Friburgo e depois Barra do Piraí, onde passa mal. É obrigado a retornar com urgência para a capital e morre no dia 4 de maio de 1937.

Análise

A crítica bibliográfica em torno da obra musical de Noel Rosa é rica e diversificada. Isso se deve a vários fatores. Em primeiro lugar porque ele apresenta obra bastante criativa e variada que revela o período importante de mudanças culturais e musicais que ocorrem no Rio de Janeiro na transição da década de 1920 a 1930. Marcadas pela expansão do entretenimento urbano e, sobretudo, dos meios de comunicação eletrônicos - baseada no binômio indústria fonográfica-radiofônica -, elas são determinantes para a decantação dos diversos gêneros musicais urbanos, como a marchinha e principalmente o samba. Noel Rosa é elemento central nesse processo, pois sua obra estabelece diálogo entre as diversas culturas urbanas, realizando uma espécie de síntese do processo iniciado no começo do século XX. Além disso, o aspecto inovador e original ocupado por sua obra, associado à impressionante produção de aproximadamente 250 canções concentrada basicamente em apenas cinco anos (1930-1935), permite que ela seja abordada de diversas maneiras.

Nesse intenso e fértil processo de criação, Noel Rosa protagoniza inúmeras mediações culturais e musicais. Por sua vivência como compositor de marchinhas e sambas e pela convivência com diversos sambistas populares, pode ser interpretado como herdeiro das experiências musicais urbanas fundadas nas tradições dos ritmos afro-americanos. Esses vínculos se expõem na importância que o compositor tem para a decantação do samba-canção. Por outro lado, sua origem social e a condição de estudante universitário justificam a originalidade e profundidade de suas formulações poéticas e o apelido que ganha de "Filósofo do Samba". O tratamento que dá às letras é considerado de modo especial pela crítica, que as considera inovadoras e modernizadoras das canções populares. Elas revelam uma incrível variedade de temas e tratamento original na forma e conteúdo. Muitas vezes são compreendidas como autênticas crônicas do diversificado e moderno cotidiano carioca, revelando seus bairros, eventos, personagens, a boêmia, a malandragem (Conversa de Botequim, Não Tem Tradução, Feitiço da Vila, Para se Livrar do Mal, O Xis do Problema, Coisas Nossas, Por Causa da Hora, De Babado). Elas também enviam recados aos amigos, mulheres, adversários e inimigos (Rapaz Folgado, Palpite Infeliz, Ao Meu Amigo Edgar, Último Desejo). Não raro fazem crítica política e social por meio de letras bem-humoradas (Com Quem Roupa? Quem Dá Mais? Século do Progresso, Positivismo, Faz Três Semanas). Às vezes o humor é eixo central, sobretudo nas marchinhas carnavalescas e nas músicas destinadas ao teatro musicado (Canção do Galo Capão, A-E-I-O-U, A-B-Surdo, Tarzan, Gago Apaixonado, Noiva do Condutor). A contrapartida ao humor e à felicidade aparente é a apresentação do sofrimento, problemas, hipocrisias e misérias humanas. Geralmente essas condições estão intimamente relacionadas com desilusões e amores irresolutos, temas recorrentes em sua obra (Último Desejo, Felicidade, Silêncio de um Minuto, Feitio de Oração, Pra que Mentir, Três Apitos, Eu Sei Sofrer, Primeiro Amor).

Essa dinâmica variada, fundada nesses contrapontos bem humanos que se equilibram com humor, ironia, desejos, miséria e sofrimentos, é contada e cantada por Noel de maneira inovadora. Apesar de ser nomeado Filósofo do Samba, suas letras estão ancoradas justamente no fato de ele não pensar mais em "poesia" de forma tradicional e sim na canção popular. Isto é, sua escritura é coloquial, curta e está diretamente interessada nas linhas rítmicas e melódicas presentes e escutadas no cotidiano do mundo urbano. É desse modo que ele sintetiza um padrão ideal da canção no samba, que se realiza na própria melodia e sua pulsação rítmica. Para materializar esse fato inovador seu intérprete tem de se equilibrar no trinômio melodia-ritmo-letra, tocando e cantando de modo diferente do padrão estabelecido no período. Como o próprio Noel grava a maioria das suas composições, é possível identificar como ele pensa esse desenho moderno de canção. E é justamente essa forma que atrai e desperta interesse nos intérpretes da época: ele é gravado por cantores de destaque como Aracy de Almeida, Isaurinha Garcia, Marília Batista, Francisco Alves, Mário Reis, Silvio Caldas, Orlando Silva e João Petra de Barros.

Essa formulação sofisticada sintetizada por Noel encontra nos músicos com boa formação musical - como Vadico - parceiros ideais para realizar as experiências inovadoras. Mas ao mesmo tempo elas já são realizadas por compositores populares sem formação musical - como Ismael Silva, Bide e Cartola - com quem Noel se relaciona no Estácio, Mangueira e Salgueiro. Desse modo, Noel dialoga com parceiros de diversas características e formação como Vadico, Ari Barroso, Ismael Silva, João de Barro, Heitor dos Prazeres, Donga, Lamartine Babo, Orestes Barbosa, Custódio Mesquita, Hervê Cordovil entre outros. Além disso, Noel Rosa sabe captar todas essas diversas experiências e transportá-las para formatos mais adequados aos meios de comunicação da época. Seguindo na trilha conquistada por Sinhô - a quem admira -, ele se integra perfeitamente no universo da cultura musical que se impôs na década de 1930 com a expansão da radiofonia. O modelo de canção que ele formula para o samba é destinado ao mundo do rádio e do disco. E a fórmula que procura é aquela que pode lhe dar condição de viver de suas atividades artísticas.

Além dos cantores citados, o interesse pela obra de Noel Rosa continua pelas décadas seguintes aos anos 1940, com destaque para intérpretes como Fafá Lemos, Elza Soares (1937), As Melindrosas, Ivan Lins (1945), MPB-4, Jair Rodrigues (1939 - 2014)Martinho da Vila (1938), Gal Costa, Heraldo do Monte, Jamelão, Jards Macalé (1943)Chico Buarque (1944), Miúcha, Yamandu Costa (1980), Nelson Ayres e Alcione.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

# BiB Macaé Comemora: aniversariante do dia 🎂🎈🎉

Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector, foi uma escritora e jornalista brasileira nascida na Ucrânia. Autora de romances, contos e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX.



CLARICE POR CLARICE

Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.