segunda-feira, 16 de agosto de 2021

# BiB Macaé Recomenda 📝Ecoa Maloca Podcast

Conheça os diálogos indígenas sobre diversidade, ciência e sustentabilidade, promovidos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), visando a integração entre estudantes indígenas e não indígenas. 

Acesse através do link abaixo: https://www.ecoamaloca.labjor.unicamp.br/.



quinta-feira, 12 de agosto de 2021

# BiB Macaé Recomenda 📝 Animação Indígena Puri

A produção no idioma Puri com legenda em Português, produzida por Txâma Puri, Tey Xokawa e família, do povo indígena  Puri, expõe a história e a resistência linguística Puri, promovendo o fortalecimento da identidade indígena. Acesse:

https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julie-dorrico/2021/08/04/agosto-indigena-conheca-a-animacao-bilingue-txama-xmabe-puri.htm.




Agosto Indígena # Oficializado em São Paulo

O estado de São Paulo promulgou a Lei nº 17.311, de 11 de janeiro de 2021, instituindo no Calendário Oficial do Estado de São Paulo o mês "Agosto Indígena".  

Acesse a  Lei nº 17.311 de 11/01/2021: https://www.al.sp.gov.br/norma/196701.

Esta ação visa ratificar a importância do Dia Internacional dos Povos Indígenas, criado em 1995 pela Organização das Nações Unidas, reforçando a emergência dos povos indígenas, como proteção das reservas e exploração das riquezas naturais e minerais pelos próprios indígenas - que possuem uma lógica de exploração ecológica, indispensável para suas subsistências e para garantia do futuro dos seus povos, acesso a educação que inclua sua língua materna e conhecimentos tradicionais, acesso a um sistema de saúde que contemple a visão de mundo indígena, enfim, meios básicos para a sobrevivência dos indígenas e seus sistemas culturais, como artes, língua e religião.   

O calendário oficial já está sendo colocado em prática pela Secretaria Municipal de Educação de  São Paulo, que lançou no dia 02, segunda-feira, na sua página oficial do Facebook, que sua agenda   será voltada integralmente à temática indígena com representantes de vários povos e inúmeras  linguagens, com objetivo de conscientização das demandas dos povos indígenas, diversidade étnicoracial e sua relação com a floresta.  

Saiba mais sobre as ações da Secretaria Municipal de Educação de  São Paulo, através do Facebook: https://www.facebook.com/EducaPrefSP/.

Fique por dentro deste e outros assuntos relacionados aos povos indígenas na coluna de Julie Dorrico, escritora, pesquisadora e curadora de literatura indígena, descendente do povo Macuxi e doutoranda em teoria da literatura da PUCRS.

Acesse: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julie-dorrico/.

Para saber um pouco mais sobre a situação dos povos indígenas no mundo diante da pandemia ocasionada pelo Covid-19, acesse a página da ONU NEWS: https://news.un.org/pt/story/2021/08/1759242.





sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Fim da Semana da Cultura Nordestina # Luiz Gonzaga

O homenageado na Semana da Cultura Nordestina!

Nasceu em 13 de dezembro de 1912, no interior de Pernambuco. Cresceu na roça onde aprendeu a tocar acordeão com seu pai, e jovem já se apresentava em forrós e eventos regionais. Com 17 anos fugiu de sua terra natal, após um namoro proibido. O compositor foi para Fortaleza e ingressou no Exército entre 1930 e 1939. Após a saída do Exército, decidiu dedicar-se a carreira musical, no Rio de Janeiro, então capital do país. Apresentava-se em casas de festas e bares, depois, começou a apresentar-se em programas de calouro.





















Acende a fogueira na música brasileira!

Em 1940 a sorte mudou com sua apresentação no programa de Ary Barroso, com a música “Vira e Mexe”. Após seu contrato com a rádio nacional, consagrou-se  com o baião, a sanfona e  as roupas de vaqueiro. “Asa Branca” composição de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira foi uma das principais músicas responsáveis pelo sucesso e projeção nacional do artista, ao expor a realidade de muitos nordestinos com a seca e suas consequências. Na vida pessoal, teve dois relacionamentos, foi pai de Rosa e Gonzaguinha, também cantor e compositor.

Apagam-se as luzes dos palcos brasileiros...

Durante os anos 80 travou intensa luta contra o câncer e faleceu após uma internação, em 2 de agosto de 1989. O artista deixou um rico  legado musical, levando a sanfona e a região nordeste em muitos lugares, incluindo o exterior. 
Leia a notícia sobre o falecimento na íntegra, clicando no link abaixo:
























Conheça o legado musical de Gonzagão!

Luiz Gonzaga é reconhecido por ser o “Rei do Baião”, ao ter sintetizado os ritmos nordestinos a partir de uma releitura da cultura popular, que resultou na criação desse gênero musical, que por sua vez, teve grande êxito nas décadas de 40 e 50, disseminando a música nordestina por diversos lugares do Brasil e do mundo. Conheça algumas canções compostas/interpretadas por Gonzaga:

ASA BRANCA:

O XÓTE DAS MENINAS:

SABIÁ:

BAIÃO:




quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Literatura de Cordel # Semana da Cultura Nordestina

O Cordel refere-se não apenas ao gênero literário, mas também a um veículo de comunicação, ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cordelistas. Demonstra a diversidade cultural brasileira, com contribuições das culturas africana, indígena, europeia e árabe. Conjugando tradições da oralidade, da poesia e das narrativas em prosa, uma relevante forma de expressão da nossa sociedade.

Acesse o Portal Domínio Público e faça o download de inúmeras obras em Cordel: 

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do

Clique na página do IPHAN e conheça um pouco mais sobre a Literatura de Cordel: 

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1943



quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Teatro de Bonecos Popular do Nordeste # Semana da Cultura Nordestina

Registrado como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), esse bem imaterial não é um brinquedo ou um traço do folclore, e envolve, sobretudo, a produção de conhecimento criativo, artístico e com uma forte carga de representação teatral. 

O registro como Patrimônio Cultural Imaterial justifica-se devido à originalidade e tradição dessa expressão cênica, repassadas de mestre para discípulo, de pai para filho, de geração para geração. Uma tradição que revela uma das facetas da cultura brasileira, onde brincantes, por meio da arte dos bonecos, encenam histórias apreendidas na tradição que falam de relações sociais estabelecidas em um dado período da sociedade nordestina e de histórias que continuam revelando seu cotidiano, através dos novos enredos, personagens, música, linguagem verbal, das cores e da alegria que são inerentes ao seu contexto social.

Esse bem cultural imaterial é uma tradicional brincadeira, com origens no hibridismo cultural, durante o período de colonização do Brasil. Assim, pela representatividade que possui, é uma expressão teatral genuína da cultura brasileira e muito peculiar do Nordeste, rica da genialidade de seus criadores e da empatia que estabelece com seu público. A troca intensa possibilitou uma diversidade de temáticas: religiosa, profana ou de costumes populares.

























Apesar desse bem ser amplamente conhecido como mamulengo, em cada contexto se desenvolveu de forma diferenciada e possui diversas denominações: Cassimiro Coco, no Maranhão e Ceará; João Redondo, no Rio Grande do Norte; Babau, na Paraíba; e Mamulengo, em Pernambuco. Carrega elementos fundamentais para a identidade e memória de seus praticantes e ainda desempenha um papel agregador que legitima as práticas cotidianas nesses locais.






















Visto como referência cultural que vem se atualizando, ao longo do tempo, enquanto permanecem as relações de tradição, pertencimento e coletividade no universo cultural na qual se desenvolve. A brincadeira é iniciada com a montagem da empanada, uma espécie de barraca. Em seguida, os brincantes se colocam na parte de trás e o espetáculo tem início com os bonecos em cena e a introdução de um texto poético, a loa. Além da narrativa, a peça contém elementos surpresas, muitas vezes sugeridos pelo mestre bonequeiro. Normalmente, as sugestões ocorrem a partir de conhecimento prévio sobre o público.

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/508/.


terça-feira, 3 de agosto de 2021

Livros com temas nordestinos adaptados para o cinema # Semana da Cultura Nordestina

A região nordeste do Brasil possui uma grande riqueza cultural influenciada por africanos, europeus e indígenas que, para além de suas manifestações folclóricas e populares, contribuiu e continua por contribuir intensamente para cultura nacional na Literatura, música, dança, artesanato, culinária, dentre outras vertentes.

Muitas obras literárias, musicais e cinematográficas retratam, seja de maneira ponderada ou duramente realista, a pobreza, mazelas e injustiças que demarcam o território nordestino, como também o orgulho, a empatia, força, e, acima de tudo, a fé inabalável que se transmuta na esperança de dias melhores.

Selecionamos alguns livros que abordam a temática nordestina, posteriormente adaptados para o cinema.

O "Auto da Compadecida" consegue o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel. É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas. Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".


Vidas secas é reconhecidamente o mais importante livro de Graciliano Ramos e um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Graciliano Ramos nasceu em 1892, no interior de Alagoas, e cresceu na fazenda do pai antes de se mudar para a capital do estado e, posteriormente, para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na imprensa. Em 1937, foi preso sob vagas acusações de defender ideologias comunistas. Ao deixar a prisão, procurou trabalho como jornalista em um jornal do Rio de Janeiro. O editor então lhe permitiu publicar um texto curto, e Graciliano escreveu um conto chamado “Baleia”, sobre o sofrimento e a morte da cachorrinha de uma família de retirantes sertanejos. O conto fez sucesso e o jornal encomendou outros no mesmo estilo. Graciliano produziu então um conto para cada membro da família: o pai, a mãe e os dois filhos. Nascia assim Vidas secas, narrado em terceira pessoa, com treze capítulos que, por não terem uma linearidade temporal, podem ser lidos fora de ordem, como contos.Lançado originalmente em 1938, Vidas secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.Vidas secas pertence à segunda fase modernista da literatura brasileira, conhecida como “regionalista” ou “romance de 30”. Denuncia fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino. É o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa: o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.



Os poemas escolhidos para integrar esta coletânea desnudam os elementos fundamentais da obra de João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina (1954-55), poema que dá nome ao livro, é a obra mais popular de João Cabral e aborda o tema da seca nordestina, dando voz aos retirantes que fazem o duro percurso entre o rio Capibaribe e Recife. O poema O rio também retrata o universo árido às margens do rio Capibaribe, mas dá voz a ele próprio como condutor da narrativa. Engenhos de cana-de-açúcar, usinas, retirantes e trabalhadores são retratados na velocidade do correr das águas. Em Paisagens com figuras (1955), João Cabral sintetiza em palavras uma de suas principais características, que é o hibridismo de linguagens. Mesclando descrições de imagens de Pernambuco, com paisagens da Espanha, o poeta desfila toda sua expressividade onírica. Por fim, Uma faca sem lâmina (1955), trata do desafio da composição poética, que ele ilustra numa faca sem bainha, que corta o poeta por dentro.



Nesta peça de renome internacional, o autor narra o emocionante calvário do simplório Zé-do-Burro: para cumprir promessa feita a Iansã, pela cura de seu burro, ele divide seu sítio com os lavradores pobres e carrega pesada cruz de madeira no percurso de sessenta léguas, com o objetivo de depositá-la no interior da igreja de Santa Bárbara, em Salvador. Ao contrário do que acontece com muitas obras teatrais de qualidade, que se iniciam com ímpeto e às vezes o mantêm até certa altura para nos frustrar no final, esta peça de Dias Gomes é um todo completo e acabado: o seu final não resulta em frustração, mas em plenitude. E para isso é preciso que se reúnam, na realização da obra, aqueles fatores imponderáveis que dão nascimento à verdadeira obra de arte. • Autor das as aclamadas peças O rei de ramos, O santo inquérito e O bem amado. • Nova identidade visual, orelhas assinadas por Ferreira Gullar. • Título de enorme sucesso no Brasil e no mundo, serviu de tema ao filme do mesmo título, ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962.

Até breve! 🙋